ZIP CULTURA MINEIRA



A zona de intervenção prioritária Cultura Mineira de S. Pedro da Cova engloba a área do complexo mineiro de S. Vicente para ser reabilitado e da sua escombreira, estendendo-se até ao museu mineiro existente (a Casa da Malta) e ao antigo bairro mineiro. A intenção do projeto para esta zona centra-se na valorização da cultura e história de S. Pedro da Cova e na preservação do património construído através da sua reabilitação, como forma de dinamizar a freguesia económica e ecologicamente, ao mesmo tempo que se procura criar condições de atração e fixação de população mais jovem. Assim, as ações postas em prática estão relacionadas com:
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Reabilitação do complexo mineiro de S. Vicente, enquanto centro cultural inclusivo e adaptado a diferentes usos por parte não só de turistas, mas também dos habitantes da freguesia.
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Integração do centro cultural numa floresta urbana que venha na continuidade do Parque das Serras do Porto e que permita o atravessamento pedonal e ciclável entre a Casa da Malta e o bairro do Passal.
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Desenho das outras entradas do parque/floresta como momentos únicos, adaptados às necessidades de cada zona, e potenciadores do desenvolvimento económico de S. Pedro da Cova: Praça comercial e administrativa e parque de merendas e de campismo a norte, praça residencial a noroeste e zona empresarial a nascente.
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Alargamento de passeios, com acerto da dimensão das vias e inclusão de ciclovias e arborização e estacionamento na N209, Rua de Stª Helena e na Rua da Associação Desportiva.
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Criação de edifícios que alberguem programas que deem vida à Rua da Associação Desportiva e reabilitação do recinto da feira.
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Criação de uma horta urbana junto ao bairro mineiro e qualificação do largo adjacente.
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Qualificação da rotunda da N209 enquanto ponto de entrada mais marcante, para quem chega de Valongo, com edifícios empresariais.

Esquema de Conexões da ZIP Cultura Mineira



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CENTRO CULTURAL_ÁREA PROJETO
A área de projeto Centro Cultural tem como foco a reabilitação do complexo mineiro de S. Vicente num centro cultural, enquanto equipamento que melhor consegue impulsionar o desenvolvimento cultural da freguesia, ao mesmo tempo que oferece motivação para que o resto da ZIP se desenvolva como forma de dar resposta à maior procura que dele advirá. Assim, a área de projeto engloba a área total do complexo mineiro e estende-se até à entrada pelo bairro do Passal, de modo a revitalizar também esta zona já bastante envelhecida. Para que o centro cultural sirva a população em geral e não só o setor turístico, procurou-se que este incluísse programas diversificados e flexíveis que se possam adaptar às necessidades de cada momento, sem que o espaço estagne devido a um uso sazonal comum no setor turístico.
A reabilitação do complexo mineiro procura manter o cavalete como está, restaurando-o para o seu aspeto inicial, ao mesmo tempo que os restantes edifícios são readaptados de forma a albergarem novos usos, mantendo o desenho arquitetónico das fachadas.
Programa:
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Centro de documentação e espetáculos
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Biblioteca
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Workshops
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Espaço multiusos
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Centro de apoio ao turismo
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Café e restaurante
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Hostel com alojamento cápsula
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Parque/ Floresta urbana
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Passadiço Treetop Walk
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Centro de Slide (Cavalete)
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Praça de entrada do Passal
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Edifício de escritórios






O projeto de iluminação para a área projeto Centro Cultural procura garantir uma vivência confortável a partir das 19h, sem contribuir para elevados níveis de poluição luminosa. Assim, houve uma tentativa de recorrer a elementos que garantissem diferentes escalas de iluminação, consoante o as necessidades de cada espaço.
Para o parque, a iluminação concentrou-se maioritariamente em focos de luz baixos, até 1m de altura, (em balizadores, embutidos nos bancos ou em perfis led contínuos, no caso do passadiço), uma vez que apenas é necessário iluminar os percursos pedonais e cicláveis. Os postes de iluminação mais altos, com 4m de altura, apenas são usados nas ruas e praças, pois são capazes de iluminar espaços maiores e garantem uma maior segurança tanto para o peão como para o automóvel, sem encadear o condutor.
No caso do complexo mineiro foi ainda considerada a iluminação com focos embutidos no chão junto aos edifícios como forma de salientar os detalhes arquitetónicos e atribuir maior importância. O próprio cavalete foi considerado como um elemento de exceção, cujo objetivo é ser observado mesmo à distância, de modo que a iluminação se encontra no seu interior, destacando a sua estrutura.
REABILITAÇÃO DO COMPLEXO MINEIRO









TREETOP WALK
Referência:
Treetop Walk de Serralves,
Carlos Castanheira e Álvaro Siza
MODELO TRIDIMENSIONAL
PROCESSO